A ERA DA ORGANIZAÇÃO DO CONHECIMENTO





Ricardo Bozzeda, MBA, CTFL_TA, CTAL-TM, ITIL

Definições


As organizações do Conhecimento são aquelas que criam sistematicamente novos conhecimentos, disseminando-os por toda organização e incorporando-os rapidamente em novas tecnologias e produtos (Nonaka e Takeuchi, 1997).

As organizações do Conhecimento são redes de fluxo de conhecimento, uma vez que se concentra na transformação constante de informações em conhecimento, onde os profissionais são altamente qualificados e cujo valor financeiro está mais concentrado nos ativos intangíveis do que nos tangíveis (Sveiby, 1998).

Organizações do Conhecimento são aquelas que fazem uso intensivo do conhecimento, substituindo seus estoques por informações e os ativos fixos pelo conhecimento (Stewart, 1998).

As organizações do Conhecimento são aquelas voltadas para a criação, armazenamento e compartilhamento do conhecimento, através de um processo catalisador cíclico – a partir de três dimensões: Infra-estrutura Organizacional, Pessoas e Tecnologia – visando o alcance dos objetivos individuais e organizacionais (Angeloni, 1999).

As Organizações do Conhecimento

Conclusão


De acordo com os capítulos 2 – Explorando os Ilimitados Recursos da Era do Conhecimento (p. 23-34) e 3 – O Que é Conhecimento? O Que é Competência? (p. 35-46) do livro “A Era da Organização do Conhecimento”, as novas organizações são as organizações do Conhecimento e os profissionais dessas empresas são altamente qualificados e com alto nível de escolaridade.

O desafio dos empreendedores dessa nova era é a exploração dos recursos e produtos inerentes desses ativos intangíveis, isto é, conseguir converter informação em conhecimento. A capacidade humana de gerar conhecimento é infinita e o conhecimento é tácito, orientado para ações, pessoal, individual e está em constante mutação. O conhecimento pode ser consciente ou inconsciente, e é formado de regras que adquirimos durante a vida. A perícia é a especialização do conhecimento.

Com o crescimento das organizações do Conhecimento, o conhecimento está sendo cada vez mais valorizado e quando compartilhamos o conhecimento ele tende a aumentar. Os produtos de hoje tem alto custo de desenvolvimento, entretanto, o custo de produção é muito baixo e o lucro não diminui com o aumento da produção.

O prof. Virgílio Fernando Almeida, no artigo “Informação e Sabedoria”, definiu os termos dado, informação e conhecimento, dizendo que dado seria os números que o medico lê no aparelho de medir pressão,informação é o dado que faz a diferença, é a interpretação do medico se a pressão medida do paciente no aparelho está alta ou baixa e conhecimento é a ação que o medico toma com base na informação obtida, ou seja, é o diagnostico e a prescrição de um tratamento. Ele diz ainda que sabedoria seria o conhecimento justo das coisas.

Diferentemente do modelo de Gestão da Era Industrial, a Gestão da Era do Conhecimento é participativa e empreendedora. As organizações são mais flexíveis e menos hierárquicas. O conhecimento é o ativo intelectual das novas organizações e um gerador de receitas. A Gestão do Conhecimento passa pelo compartilhamento dos conhecimentos individuais para a formação do conhecimento da organização. Sendo assim, a pessoa que detém o conhecimento é que decide se o compartilha ou não. Depende, portanto, do quanto está motivada para isso. Motivação é, dessa forma, uma questão-chave para uma bem sucedida Gestão do Conhecimento.

Os profissionais inseridos neste novo paradigma devem tirar proveito das facilidades do mundo tecnológico moderno, como os canais de TV a cabo, jornais, revistas e Internet para obter informações e com elas gerarem conhecimento, mas não devem esquecer que vivemos uma época de aprendizado e desaprendizado, temos de ter a capacidade de aprender rapidamente, pois o tempo é cada vez mais escasso para a quantidade de informações disponíveis, e também temos que desaprender, quebrar barreiras e destruir os conhecimentos cristalizados que não mais condizem com as novas realidades. Este profissional será, essencialmente, a fonte básica da formação do conhecimento na organização do Conhecimento, numa composição de sua inteligência e talento, mais a tecnologia da informação a seu dispor.

Outra tendência neste novo ambiente de negócios é a implantação de políticas para atender as áreas sociais e de educação, as novas organizações estão mais preocupadas com as conseqüências de suas atividades produtivas junto a comunidade, e tem procurado desenvolver projetos sociais inteirando-se com seus funcionários e com a comunidade que a cerca. Não porque estão ficando “boazinhas” ou mais conscientes dos problemas do meio ambiente, mas principalmente porque estas ações estão garantindo bons dividendos para a sua imagem e sendo um fator diferencial competitivo entre as empresas.

Devemos esperar que a Gestão do Conhecimento se transforme efetivamente numa pratica moderna de gerenciamento para tratar com seriedade as relações entre as organizações e seus empregados. Mas devemos lembrar que, ser um bom profissional hoje já não é suficiente para manter o emprego, é preciso algo mais, o que inclui a capacidade de renovar o conhecimento, e devemos entender o valor desse capital intelectual em nossas vidas.

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