INTRODUÇÃO À TOMADA DE DECISÃO



Ricardo Bozzeda, MBA, CTFL-TA, CTAL-TM, ITIL


Definições


de.ci.são sf (lat decisione) 1 Ação ou efeito de decidir ou decidir-se; determinação, resolução. 2 Coragem, intrepidez. 3Resolução ou sentença após discussão ou exame prévio. Antôn. (acepções 1 e 2): indecisão (Dicionário Michaelis).


decisão do Lat. decisione s. f., ato ou efeito de decidir; resolução; deliberação; sentença; intrepidez; coragem; desassombro (Dicionário Universal da Língua Portuguesa).


decisão – substantivo feminino – ato ou efeito de decidir ou de decidir-se; resolução após discussão ou exame prévio; deliberação; sentença; coragem. (Dicionário Porto Editora).
Introdução à Tomada de Decisões


De acordo com o artigo do Prof. Francis J. Aguilar – “Introdução à Tomada de Decisões”, o processo decisório ideal deve seguir por seis estágios:


1- Definir o problema / Estabelecer o objetivo – O que exatamente deve ser decidido? – em problemas complexos é o passo mais difícil. A relação causa/efeito é obscura e enganadora. Descobre-se o sintoma e não a razão do problema. Para definir o errado temos que conhecer o certo. Reconhecer que o problema existe é apenas o começo do estágio. O tomador de decisão deve também querer fazer algo a respeito e deve acreditar que os recursos e habilidades para resolver o problema existem.


2- Identificar soluções alternativas – Quais são as alternativas ? – a maioria dos problemas possui varias soluções possíveis, é necessário criatividade. Gerar pelo menos algumas soluções alternativas com base em experiências passadas. As soluções variam desde prontas até aquelas feitas sob medida.


3- Avaliar alternativas – Quais os prós e os contras de cada uma delas? – fazer considerações favoráveis ou não e analisar custos e benefícios. Muito freqüentemente as alternativas são avaliadas com pouca reflexão ou lógica. É fundamental nesse processo prever as conseqüências que poderão ocorrer se as várias opções forem efetivas.


4- Aplicar critérios – Qual a melhor alternativa ? – considerar o tempo, custo, risco e adequação de desempenho. Considerar diversos tipos de conseqüências. Obviamente, tentar prever esses efeitos em mensurações financeiras ou em outras formas de desempenho. Mas existem outras conseqüências menos claras a considerar, tal como, decisões abrem um precedente; esse precedente será uma ajuda ou um obstáculo no futuro?


5- Selecionar uma alternativa e implementar –- O que fazer para implementar o que foi decidido ? – selecionar uma linha de ação preferida e implementar. Etapa de análise das alternativas encontradas. Uma vez que se tenha considerado as possíveis conseqüências das opções, é o momento de se tomar a decisão. Conceitos importantes nesse estágio são maximização, satisfação e otimização.


6- Monitorar e revisar – A decisão foi correta ? – as decisões raramente são infalíveis. A alternativa aplicada deve se monitorada e ações corretivas devem ser tomadas se necessário. A avaliação da decisão é útil sendo o feedback positivo ou negativo. Um feedback positivo, que sugere que a decisão está funcionando implica que a decisão deve ser continuada e talvez aplicada por toda a empresa. Um feedback negativo, que indica fracasso, significa que ou a implementação requer mais tempo, recursos, esforços ou reflexão, ou que a decisão é ruim. Se a decisão mostra-se inadequada, deve voltar à prancheta de trabalho. O processo retorna ao primeiro estágio, preferivelmente com mais informação, novas sugestões e uma abordagem que procure eliminar os erros cometidos na primeira vez.


A tomada de decisões inclui considerações comportamentais e organizacionais , o apoio e a cooperação são essenciais. Tem que existir habilidade e disposição (boa vontade), pois nem sempre o responsável pela ação é o mesmo da decisão. Cada situação ou problema pede habilidades específicas para a solução. Para tomar uma decisão é necessário: disposição e envolvimento das pessoas no processo; estilos diferentes de pensar e analisar, estilos pessoais próprios; considerações do processo e pessoas com conhecimento e criatividade.
Conclusão


Decisões envolvem escolhas e, portanto, pressupõem perdas e ganhos para os envolvidos sejam eles pessoas, grupos ou a organização como um todo. Se não há convergência total de opiniões, permanece a necessidade do levantamento e análise dos trabalhos já desenvolvidos sobre as variáveis intrínsecas ao processo decisório. Sem dúvida, a inexistência de consenso entre as diversas teorias não pressupõe a ausência de trabalhos apurados e preocupados em subsidiar o dia-a-dia dos gestores. Pelo contrário, reafirma a certeza de que o processo decisório é complexo e dependente das características do ambiente, da organização e da personalidade e formação dos profissionais envolvidos.

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